E agora? Como escolher o tema do meu TCC?
Ao ingressar na faculdade, o aluno precisa estar preparado para enfrentar uma série de desafios. E só quem estuda Arquitetura e Urbanismo sabe as quantidades de desafios existentes ao longo de cinco longos anos de curso! São provas, trabalhos, maquetes, viagens de campo, gastos exorbitantes com materiais e cópias, atividades extracurriculares, cursos livres, etc. Mas talvez, nada assuste tanto o aluno quanto o tenebroso trabalho de conclusão de curso.
O nome e as siglas variam de instituição para instituição: TCC, TFG, TGI, entretanto, as dificuldades e a apreensão dos estudantes são as mesmas! Independentemente da sopa de letrinhas. A sensação é de que todo o esforço e sacrifícios feitos por tanto tempo foram em vão, quando um vacilo no trabalho final, pode colocar tudo isso a perder. Em contrapartida, apesar de o trabalho final de graduação ser sim trabalhoso, existem algumas estratégias para deixá-lo menos difícil e ajudar a vida do estudante.

Foto: Reprodução UOL Educação
PRIMEIRAS DECISÕES PARA UM BOM TRABALHO DE CONCLUSÃO
O primeiro passo para os recém ingressos no ensino superior ou aqueles os quais pretendem cursar Arquitetura, é entender do que se trata este trabalho de conclusão de curso. É por meio deste trabalho que a faculdade/universidade irá aferir a capacidade do aluno de sintetizar o conteúdo visto e absorvido ao longo da graduação. Em geral, na área de Arquitetura, o aluno irá escolher um tema, realizar um projeto dentro do tema escolhido, juntamente com a supervisão do professor orientador, e escrever a monografia.
Ao final, seu trabalho será apresentado à banca avaliadora. A banca é composta por professores do curso e mais algum profissional convidado. Eles, então, decidirão após análise em conjunto de todo seu trabalho mais a sua defesa na apresentação, se o trabalho é ou não satisfatório para ser aprovado.
COMO ESCOLHER UM BOM TEMA?
Em relação ao tema do TCC, sugerimos algumas dicas às quais poderão auxiliar o aluno a encarar com mais leveza este momento tão importante na vida de todo estudante:
– a pergunta essencial a ser feita pelo estudante é como seu tema poderá contribuir para a sociedade. Este é o ponto de partida;
– logo após, outras perguntas como: “Por que este tema?”, “Onde poderei aplicá-lo?”, “De qual forma?”, precisam ser feitas;
– o ideal é o estudante entender a problemática a do tema proposto e a inserção deste na coletividade;
– na parte de edificações, ou seja, a aplicabilidade dentro do tema, é primordial pensar em sustentabilidade, reaproveitamento de resíduos sólidos e no papel – o impacto positivo (de preferência) – que esta edificação terá para a cidade e a sociedade como um todo;
BENEFICIAR A COLETIVIDADE
– a responsabilidade de criar algo que beneficie outras pessoas é uma dádiva que deve ser encarada com rigor e disciplina técnica sem perder a poesia que o concreto ou qualquer outro material permite projetar, o aluno necessita entender bem isso ao desenvolver o tema;
– a escolha do orientador geralmente acontece por afinidade com o tema, apesar de em algumas faculdades ser por indicação da instituição ou até por sorteio. Se o objetivo do estudante, por exemplo, é em desenvolver um trabalho voltado para bioarquitetura ou mobilidade urbana, não será o professor de cálculos estruturais o mais indicado para orientá-lo;

Foto: Reprodução internet
– dê preferência a um tema multidisciplinar, que envolva vários elementos vistos ao longo do curso, mas isso não significa que precisa ser algo muito amplo ou abrangente. Fazer um recorte e delimitar o tema é importante para o aluno não se perder ou desanimar no meio do caminho, além de poder explorar melhor todas as potencialidades do assunto;
– tente ao máximo inovar, criar novas perspectivas e desafios. Basear-se em trabalhos já desenvolvidos é válido e até obrigatório, mas o trabalho necessita ter a marca e o diferencial do aluno-autor. Lembrando que cópias ou plágios são reprovados e pode até configurar crime, você também não vai querer alguém copiando deliberadamente seu trabalho posteriormente após tanto sacrifício, certo?
CONFIANÇA NO ORIENTADOR
– confiança no orientador. Ele tem a capacidade de informar ao estudante que o tema não é o ideal ou se a aplicabilidade é utópica ou ainda que o orientando necessita restringir mais o tema e o estudante precisa ter a humildade em aceitar os conselhos, afinal, são anos e até décadas de experiência;
– o tempo é muito importante, portanto, a abordagem escolhida precisa ser moldada diante desta variável. Lembrando que são muitas as exigências, como pesquisas bibliográficas, levantamento de dados, correções, normas ABNT, etc;

Foto: Reprodução www.praticadapesquisa.com
– o assunto do projeto deve partir de uma área do curso o qual lhe agrada, lhe causa euforia. De nada adianta escolher um tema voltado para o que está na “moda”, se aquilo é uma chatice. Escolher um tema sem qualquer tipo de identificação pessoal só contribuirá por tornar mais penoso e demorado o desenvolvimento do trabalho;
– parece bobo, mas é obrigatório que o tema esteja de acordo com o curso de Arquitetura e Urbanismo. Existem casos sim, e não são poucos, de orientadores que precisam dar uma bronca pelo fato de o tema, por exemplo, estar mais ligado com engenharia robótica à Arquitetura;
CONSULTE, LEIA
– vá até a biblioteca de sua faculdade/universidade e consulte o banco de monografias. Lá, os melhores trabalhos dos últimos anos estão disponíveis e o aluno o quanto antes poderá se inteirar mais sobre temas desenvolvidos, o formato dos trabalhos, as características. O quanto antes esta prática se tornar um hábito durante a graduação, melhor será para definir assunto e realizar um trabalho bem feito;
– aprenda a trabalhar com ferramentas essenciais. O trabalho de conclusão exige do aluno bons conhecimentos em ferramentas as quais irão auxiliá-lo a realizar um projeto muito mais bem apresentável e inserir qualidade superior no seu desenvolvimento. O aluno deverá a essa altura ter bons conhecimentos em programas como AutoCad ou REVIT Arquitetura e outros apresentação em 3D como Sketchup ou 3DsMax.
– se o estudante tem a intenção futura de ser pesquisador, desenvolver um projeto de pesquisa de mestrado, tese de doutorado ou até pós-doutorado, um bom tema de TFG pode ser a porta de entrada. O projeto desenvolvido no TFG pode ser somente uma passagem para “se livrar da faculdade” mas também um “passaporte” para que o aluno seja um grande pesquisador na área de Arquitetura. Seu trabalho poderá também concorrer a concursos na área de Arquitetura o qual, certamente, enriquecerá seu currículo acadêmico e profissional;
MAIS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Outra consideração importante em relação ao trabalho de conclusão é não começar a pensar sobre o tema no último ano. Ao deixar para a última hora, as chances de o tema desenvolvido ser fraco e sem muito a agregar são grandes. O ideal é começar a pensar sobre o assunto a ser trabalhado logo nos primeiros semestres do curso. Verifique as matérias às quais mais lhes interessam e converse com o professor sobre uma possível orientação ou amadurecimento de ideias para serem trabalhadas no TCC.

Foto: Reprodução da internet
O bom conhecimento da escrita e das normas padrões da língua portuguesa é de suma importância nessa etapa. Portanto, caso o aluno não goste muito de ler e escrever ou possui dificuldades em gramática, regência verbal, ortografia, o indicado é começar o quanto antes a praticar. Algumas faculdades, incluem em sua grade aulas de português, é uma tentativa de suprir essa deficiência visando o trabalho final.
BASEAR-SE SEMPRE PELOS MELHORES
É comum dizerem já terem visto temas e trabalhos ruins sendo aprovados pela banca. No entanto, o aluno não deve se basear pelos piores e sim pelos melhores. Como explicado anteriormente, de forma geral a banca avaliadora é composta por algum profissional convidado. Esse profissional estará atento a algum tema inovador e agregador aliado à uma boa apresentação, isso pode resultar em uma proposta de trabalho para o aluno recém-formado.
Mas lembre-se! O trabalho conclusão da graduação é apenas o maior dentre todos os desafios da graduação, mas nem de longe ele será o maior desafio de sua vida profissional! Portanto, é apenas um treino ou um “susto”, diante de tudo aquilo que o profissional arquiteto terá pela frente.
E você? Já possui em mente qual o tema de seu trabalho? Como foi ou está sendo sua experiência em relação ao trabalho final de graduação? Nos conte um pouco mais…
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