Conheça segredos da distribuição dos espaços
Uma das maiores preocupações para um arquiteto(a) de interiores é como dispor tudo em uma planta sem causar sufocamento ou aquela impressão desagradável de que nada se ajustou como deveria. Essa, por incrível que pareça, é uma situação comum! Os clientes leigos ficam confusos e algumas vezes até os próprios arquitetos. Conheça, então, os segredos de uma boa distribuição dos espaços.
Vamos mostrar a vocês agora, que tendo a fita métrica como uma grande aliada, pode-se deixar esta tensão para lá e fazer um ótimo trabalho. Com isso, o cliente ficará satisfeito e o arquiteto com a sensação de dever cumprido com êxito. Quem nos prova que isso é possível é o arquiteto Neto Popino, de São Paulo, o qual ajuda a Patrícia Marcucci de Echaporã/SP, a dispor o mobiliário em um apartamento de 43,5 m² e sem aperto!
Patrícia, a solução é dimensionar corretamente os móveis. Para começar, é preciso pensar isoladamente em cada cômodo vazio. Analise o que pretende colocar ali, considerando as medidas exatas dos itens (não se esqueça de somar o espaço para abrir portas e gavetas, por exemplo). Aí, a brincadeira vira um jogo de montar. Escolha o lugar ideal da mesa, lembre-se de afastá-la da parede para poder empurrar as cadeiras, veja se há passagem livre até o sofá… “Eleja peça a peça! Fuja dos kits prontos que reduzem suas possibilidades”, diz o arquiteto Neto Porpino.
Para calcular as áreas de circulação, os livros de arquitetura apontam regras de ergonomia: 60 cm livres de passagem é o mínimo. Mas claro que não é preciso seguir à risca – experimente as áreas de circulação disponíveis para ver se lhe atendem. E há algumas decisões a tomar levando em conta suas prioridades! Aqui, para obter um escritório no quarto é necessário abrir mão de uma cama queen e de um criado-mudo. Tudo em nome da boa distribuição, que garante a sensação de bem-estar.
❚ Não coloque em risco sua segurança nem a de seus vizinhos! Antes de iniciar qualquer obra, solicite a um engenheiro ou arquiteto uma avaliação estrutural, que apontará o que pode ser alterado.
❚ Este projeto foi realizado com base nas metragens enviadas pela Patrícia. É imprescindível que a medição seja fiel à área para obter o resultado esperado.
ANTES:
Salas de estar e jantar
Um sofá em L e uma mesa com quatro cadeiras, indispensáveis para Patrícia, não caberiam no layout original do estar. Por isso, Neto precisou rever a planta para encontrar a saída: a moça pediu poucos armários na cozinha, então esse cômodo poderia ceder espaço. Assim, ele deslocou a alvenaria divisória, esticando a sala em 1,73 m. Nessa nova área, ele conseguiu posicionar uma mesa retangular com a mesma largura da parede (1,40 m), afastada quase 70 cm dessa divisória – medida pensada para a movimentação das cadeiras. Uma boa distância (97 cm) foi respeitada em relação ao sofá.
No canto da TV, por causa da profundidade do estofado, foi preciso economizar na dimensão do rack. A peça magrinha tem 31 cm. Aí, coube uma mesa de centro que respeita a passagem livre de 60 cm em três laterais, mas que fica um pouco mais apertada em relação ao sofá (40 cm) – como o rack tem gavetas, foi necessário deixar o afastamento maior ali por causa das aberturas. “Ambientes muito estreitos devem dispensar a mesinha. Nesses casos, eu recomendaria usar um pufe com essa função, movendo-o sempre que preciso”, sugere Neto. Tudo isso colabora para a boa distribuição dos espaços.
Cozinha
Antes do deslocamento da divisória com a sala, a cozinha era do tipo americana. A redução da área de 10,67 m² para 6,13 m², porém, gerou a necessidade de explorar bem todas as paredes. Por isso, a nova alvenaria vai do piso ao teto, apoiando armários e resguardando a geladeira. O eletrodoméstico, aliás, se posiciona de modo a formar um triângulo com pia e fogão – de acordo com as regras de ergonomia, esse desenho facilita os trabalhos. “É uma convenção funcional e, aqui, ainda garantiu 1,11 m de circulação central sem barreiras”, aponta Neto. A porta de correr poupa centímetros valiosos.
DEPOIS DA DISTRIBUIÇÃO DOS ESPAÇOS :
Fonte: Revista Minha Casa – Faiga Silveira/Alice Campoy
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